quarta-feira, 1 de julho de 2009

Publicado em 01.07.2009, às 00h10Carla Seixas De Economia/JC

A expectativa dos servidores do Recife se volta para a votação do projeto de lei que visa oficializar a revisão salarial deste ano dos 23 mil trabalhadores. Na média, a Prefeitura do Recife (PCR) está concedendo uma reajuste de 4% para o corpo geral do funcionalismo, e alguns benefícios diferenciados para pessoas da área de saúde, educação e dos que estão classificados na categoria base da administração. Para essa faixa, o reajuste seguiu o concedido pelo governo federal ao salário mínimo, com alta de 12,05%.Ontem, a expectativa dos vereadores, principalmente os ligados ao governo, era de conseguir viabilizar a votação antes o recesso parlamentar, marcado para iniciar na terça-feira, quando já será feita a sessão solene de encerramento dos trabalhos. O problema é que o governo deixou para mandar a proposta na última semana, forçando uma avaliação urgente da proposta e pulando as etapas normais de negociação, como um tempo maior para a inclusão de emendas que pudessem beneficiar a categoria. Alguns vereadores oposicionistas alertam que a aprovação da matéria na Casa pode atrasar devido a questionamentos pontuais de categorias como os técnicos de enfermagem. Na reunião conjunta das comissões de Legislação e de Finanças, ontem, que durou mais de quatro horas, vereadores da base aliada, como Carlos Gueiros (PTB), Antônio Luiz Neto (PTB) e Jurandir Liberal (PT) também ratificaram a possibilidade de convocação extraordinária durante o mês de julho caso ainda restem questionamentos à PCR.Segundo a vereadora da oposição Priscila Krause, responsável pelo parecer da Comissão de Finanças, ainda não havia certeza se hoje ela conseguiria fechar o texto para votação porque a “Prefeitura teria travado a negociação em alguns pontos, o que estaria retardando a entrega do seu relatório”. Apenas depois das comissões é que o texto segue para o plenário da Casa.Na avaliação dos servidores, a proposta deste ano deixa muito a desejar e ainda faz uma espécie de divisão na categoria, com uma parte sendo beneficiada com o pleito inicial, dos 12,05%, e outra ficando com 4%. Apesar de só repor 73% do INPC do período em questão, esse reajuste, junto com os demais aumentos para médicos e professores já causa um impacto anual de R$ 33 milhões. Hoje a folha mensal chega a R$ 63 milhões. “Foi uma proposta muito acanhada, até a questão do tíquete-refeição, que poderia ser um ponto positivo na negociação, ficou para janeiro do próximo ano. Ou seja, é como se a gente não tivesse negociado esse item este ano”, queixa-se o secretário-geral do Sindicato dos Servidores do Recife (Sindisepre), Clínio Oliveira. Segundo informou o sindicalista, a Prefeitura deixou uma possibilidade negociação para outubro, quando supostamente se teria um resultado melhor sobre a situação econômica do município frente à crise econômica atual. No caso dos médicos, uma categoria que engloba 1.300 pessoas, a prefeitura prometeu a isonomia salarial em relação aos do governo do Estado e até julho de 2010 os salários chegarão a R$ 3.060, ao contrário dos quase R$ 2.000 atuais.Outro ponto que desagradou os servidores foi a vigência do aumento, antes previsto para maio deste ano, e agora com previsão para valer a partir de hoje, 1º de julho. “Para compensar esse período, nos comprometemos a, em 2010, implementar a revisão a partir de março, antecipando em dois meses”, explica o secretário de Administração, Fernando Nunes.
http://jc.uol.com.br/canal/cotidiano/pernambuco/noticia/2009/07/01/prefeitura-do-recife-oferece-4_porcento-de-reajuste-para-servidores-192147.php

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