quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Crise na Gestão da Secretaria de Educação do Recife


Os problemas na gestão da Secretária de Educação, Esporte e Lazer do Recife (SEEL) vem crescendo e deixando toda equipe no mal estar político, pois tudo tem que passar no gabinete do secretário, Cláudio Duarte, dificultando as relações de autonomia de alguns diretores e assessores. O desgaste a cada dia está aumentando e algumas pessoas principais da equipe gestora estão entregando o cargo, como é o caso do assessor-adjunto, Flávio Brayner, e a diretora de Ensino e Formação Docente, Ângela Monteiro, que foram convidados pessoalmente pelo atual secretário de Educação, para fazer parte da sua equipe como cargo de confiança, mais em menos de um ano, já deixaram o cargo.

Segundo informações as saídas são decorrentes por não concordarem com os encaminhamentos definidos pelo secretário em relação à Política Educacional da cidade e não se sentirem motivados em relação as propostas educacionais do atual secretário, que efetivamente, não contribui com a construção da cidadania plena e ativa das crianças, adolescentes, jovens e adultos da Rede Municipal de Ensino do Recife. Além de que outros gestores (assessores, gerentes e diretores) vão entregar os cargos, que também não estão concordando com as atitudes do secretário a frente da SEEL, e os educadores da Rede Municipal de Ensino, divulgaram várias cartas relatando as preocupações e os vários problemas que estão tendo em realizar as ações planejadas da secretaria.

Estes problemas demonstra que a brinca está grande na Prefeitura do Recife, pois alguns gestores da SEEL são especialistas na área educacional e ligados ao ex-prefeito, João Paulo, que se afastou do atual prefeito, João da Costa. O ex-assessor executivo e a diretora de Ensino da SEEL divulgaram uma carta para todos/as educadores/as da Rede Municipal de Ensino.
PORTAL JOSÉ DA RÁDIO ZÉ ALBERTO - O BETINHO DE SÍTIO DOS PINTOS


CASO EDUCAÇÃO // PUBLICAÇÃO DE NOTA NA COLUNA DIÁRIO POLÍTICO

Fumaça // O assessor executivo da Secretaria de Educação do Recife, Flávio Brayner, pediu exoneração do cargo. Dias depois, o professor João Simão, militante do PT, divulgou uma carta aberta ao prefeito João da Costa (PT), com críticas à gestão de Cláudio Duarte, titular da pasta e um dos nomes fortes do governo. Atribui-se a ele um caráter centralizador, de difícil acesso e ainda neoliberal (por causa de convênio assinado com a Fundação Roberto Marinho, algo evitado na administração anterior).

Fogo // Claúdio Duarte foi um dos integrantes do governo municipal que mais enfrentou resistência dos servidores. Tentou fazer um movimento para reverter a situação ao se reunir com grupos internos do PT ligados à educação do PT, mas não adiantou muito. As queixas continuam e estão mais inflamadas com o afastamento entre João da Costa e João Paulo. A ex-secretária Maria Luíza Aléssio, bastante querida entre os servidores, é ligada ao ex-prefeito. Cláudio Duarte é da cota pessoal do atual prefeito.

Fonte: Jornal Diário de Pernambuco - 30/12/2009

Carta de um educador militante ao Prefeito João da Costa

Recife, 01 de dezembro de 2009.
Ao
Exmo. Sr.
João da Costa
MD. Prefeito do Recife

“...Um homem roubado nunca se engana...”
Do complexo ao trivial a frase acima expressa, com simplicidade, a nossa indignação diante do que está acontecendo na Secretaria de Educação do nosso amado Recife. Estamos diante de uma involução!
Palavras como autonomia, respeito, consideração e humildade foram substituídas pelo centralismo de quem faz de sua própria cabeça ou só apóia o que lhe interessa.
O que deveria ser uma prática: planejar juntos, valorizar ações, reconhecer capacidades dos que estudam, vivencia e tecnicamente entendem de processos educativos, não existe mais.
Vivemos uma contradição.
Como dizer que temos um técnico em educação se o Secretário é médico?
Nesta cidade não tem ninguém da educação com essa competência?
O setorial de educação do PT não tem quadros?
Por que a descontinuidade no processo da educação se foi a secretaria de educação a melhor avaliada na gestão João Paulo?
É para o controle do orçamento? Com que fins? Economizar recursos?
E o alinhamento “serviu” ao governo do estado com a imitação mal feita de tudo que é feito por lá, inclusive a opção pela Fundação Roberto Marinho... Que pena que somos incapazes de cuidar da educação!
E quanto à qualificação como gestor:
Como dizer que temos um gestor? Não havia alguém que sabia conciliar os sentidos pedagógicos da política com o administrativo? As pessoas que são do campo da educação não têm este perfil?
A gestão moderna é baseada no centralismo -“eu penso logo todos façam”!
É feita do assédio moral segundo o qual ninguém pode exigir e discordar do “Rei” ...Voltamos à monarquia! “Quem não concorda, não acredita, pode sair!” ,Pe. Reginaldo merece este tratamento?
É sempre o zerar, por que chegou agora, não é da área? Começar de onde? Como ficam os êxitos dos processos já construídos?
Cuidar das pessoas virou dar grito, desconsiderar os técnicos e as pessoas que defendem a transparência nas decisões.
Não recebe, não ouve, e coloca as questões sempre no campo da amizade, do doméstico, ou do “ “querem me queimar “!
Não se pode cobrar promessas de campanha, de “continuidade” do projeto político, de coerência com o respeito aos direitos construídos como políticas públicas, pelo jeito petista de governar.
“Ou fazemos como FHC “- “ esqueça o que disse ou escrevi”?
É agir como fez com a comunidade do Pillar, diante da ameaça de policiais, a atitude da diretora de suspender as aulas não foi a certa? Deixaria seus filhos para serem espancados (onde estudam os seus filhos)?. Sua resposta sem se ater ao fato foi de dizer simplesmente “quem manda abrir ou fechar escola sou eu” e depois nem lá apareceu como responsável pela educação da cidade como foi delegado pelo prefeito.
É possível um gestor que, não sendo da área, não dialogar com o conjunto das pessoas? Ele não deveria ter a humildade de escutar e decidir juntos?
O que vemos é o seu centralismo e a falta de autonomia de seus diretores e gerentes.
Temos que conviver com o que ele diz abertamente - que não tem tempo para falar com todo mundo e as pessoas devem se dirigir aos seus assessores, que nada decidem ou resolvem sem seu “autorizo” – (a nova palavra dos corredores da Secretaria).
Não é preocupante saber da falta de autonomia de seu diretor administrativo/financeiro, que exista pasta do que é para pagar e não pagar, mesmo que estes serviços tenham sido prestados.
Qual a leitura equivocada, sem necessidade, sem nenhuma “crise” de poder, ao adiar a eleição dos diretores em meio a um processo, dizendo que isso é democrático e que vai dar mais autonomia às diretoras, prometendo que quem deve “mandar “são elas/es? Isso não valeria para o que seria eleito, não parece jogo de cartas marcadas?
Andar dizendo que os técnicos da secretaria não fazem nada e que se pode resolver tudo direto com as escolas, demonstra falta de clareza do papel dos diretores de escolas, e da política feita em rede, que deve ser mediada por pessoas “qualificadas e das áreas”.
Fácil foi contratar “ o seu motorista particular ganhado mais que os outros, seu “funcionário” de confiança.
Afinal qual o perfil exigido pelo prefeito, desconfio que a indicação esteja no campo do sou amigo “ou como diz os jornais” ele é da cozinha do prefeito. Se isto é o que parece ser o fato da indicação, estamos diante de um novo nepotismo, em que substituímos os familiares e colocamos “os meus”.
Como é contraditória, qualquer pessoa pode ser secretário de educação, mas como fica o mérito da docência e da vivencia da prática educativa? Mas para dirigir uma escola se exige a especificidade... Como ficamos?
Do simples ao complexo, precisamos nos perguntar, os ônibus que sempre foram solicitados pelos professores/as e escolas para seus passeios precisam passar pelo gabinete do secretário? O que era uma política descentralizada e de autonomia das escolas para o acesso aos bens da cidade (que pode ser uma fábrica de sorvete) se transformou em um “toma lá dá cá”.
Ruim saber que os jovens das bandas marciais tiveram de solicitar a interferência de um vereador para ter os ônibus para participar dos concursos de banda. E olhe que se tem uma tradição de reconhecimento, pela eficiência nestes e noutros eventos....
Promoveu-se uma festa com o dinheiro público (feita pela secretaria em mais uma ingerência na vida do sindicato dos professores), em plena contenção de despesas - “crise”, em que o comentário das pessoas que foram dizia... ”muita comida e bebida de graça”...
Qual foi o real interesse do secretário? Passar a idéia de que está tudo bem e que os diretores e técnicos lhe apóiam?
Para liderar este processo, deveria ser alguém que entenda os sentidos da prática educativa e de suas exigências para a continuidade no jeito de agir de educadores/as e estudantes que, já na escola, devem exercitar o ser sujeitos de direitos e coletivos em sua prática cidadã.
Estamos diante de alguém que ocupa um lugar estratégico na construção de uma nova cidade, contudo, os que ficaram, apesar da saída da secretária anterior, acreditaram na continuidade e na possibilidade do diálogo... No entanto, esses/as são ameaçados.
Aqueles que foram indicados para cargos de comando na articulação das ações, se sentem inviabilizados, estão pedindo exoneração.
O Prefeito entrou, ou entramos nós em uma roubada?
Vivo Zumbi (linda caminhada), viva Zapata... Todas/os que acreditam na educação como condição de transformação da realidade.
Quem faz a cidade somos nós, acredito.
Será que seu secretario de educação sabe o que é uma cidade educadora? Nossas crianças se apresentaram no Geradão, não deveria ser no Teatro Santa Isabel, no Marco Zero, onde sempre encantaram com seu canto/coral o seu ser cidadão de nossa cidade.
João Simão
Cidadão do Recife, militante do PT, professor e Educador
postado por Aline Marques

Aos educadores da Rede Municipal de Educação

Carta escrita por Flávio Brayner, que pediu exoneração do cargo de assessor executivo do Secretário de Educação do Recife, Cláudio Duarte

É praticamente do conhecimento de todos os profissionais desta Secretaria (e mesmo fora dela) que estamos passando por um momento delicado, de desorientação e incertezas que representa, na verdade, a passagem para um novo projeto, cuja natureza, objetivos e princípios eu, pessoalmente, não estou mais disposto a participar. É, assim, na declarada intenção de não desejar mais ver meu nome ligado a este projeto que apresentei meu pedido de exoneração da Assessoria Executiva da SEEL em caráter inegociável.
No entanto, penso que o momento exige algumas reflexões que não podem se resumir a acusações ou vitupérios sobre a personalidade do próprio Secretário: acusá-lo de imaturo, narcisista, inculto, autocrático ou truculento seria adentrar no domínio do “traço de personalidade” que é algo que deve ser resolvido em outra esfera -a psicanalítica, na qual não disponho de nenhuma competência. Interessa, aqui, saber a serviço de que “projeto” tais traços se revelam adequados e observar, afinal, se não há uma perfeita compatibilidade entre personalidade autoritária e projeto tecnocrático.
Sou consultor e assessor desta Secretaria desde os anos 80 e, bem ou mal, ajudei a pensar e implantar idéias pedagógicas que envolvem uma certa noção de participação democrática dos educadores, de qualidade social da educação, de republicanismo escolar..., certo de que é na esfera pública da palavra argumentada que a coisa pedagógica se decide. E foi, penso, apoiada nestas idéias que esta Secretaria sempre se pautou, evitando exatamente que as questões educativas fossem tratadas como um “problema de gestão”, ciente dos enormes riscos que corríamos –e que corre a própria idéia de democracia- quando o espaço da argumentação é substituído pelo da “competência técnica”, pelo “gerencialismo”, quando o arrazoado cede lugar à planilha Excel...
Um dos reflexos disto na educação apareceu, nos anos 70, aqui no Brasil, no chamado ‘tecnicismo pedagógico’: o planejamento, a planilha, a gestão, o monitoramento decididos “tecnicamente” pelos gestores substituindo as pessoas de carne e osso. O projeto voltou nos anos 80 com a onda avassaladora da “qualidade total em educação” e retorna agora em forma renovada, que tentarei esclarecer a seguir. Isto envolvia um forte conflito entre a noção de eficiência e produtividade dos serviços públicos e privados, com a difusão ao mesmo tempo falsa e massiva de que o setor privado seria mais eficiente do que o público, o que não se mostrou verdadeiro nem na pesquisa de alta tecnologia, nem no ensino superior e, para chegar mais perto, nem na qualidade da pesquisa e da formação na área educacional.
Aproveitando o espaço deixado por algumas instituições internacionais de financiamento e apoio técnico à educação (Banco Mundial, por exemplo) multiplicaram-se as empresas e organizações de assessoria e consultoria às secretarias de educação, muitas delas vendendo pacotes fechados, técnicas “exitosas” de correção disto e daquilo, fórmulas de sucesso de elevação de níveis de aprendizagem que passaram, claro, a disputar o dinheiro público através das secretarias municipais. Recife inclusive (!), que assinou recentemente convênios e acordos com fundações (Roberto Marinho, Airton Senna, Alfa e Beto!!!!) sem consulta do secretário a nenhuma das instâncias pedagógicas desta rede ( quando houve, a atitude foi de ignorar o parecer do consultado) e contrariando, inclusive, uma história e uma tradição pedagógica aqui existentes. Fica-nos a impressão de estarmos, aqui no município, num supermercado educacional onde se coloca no carrinho os produtos vistosos das prateleiras, sem nenhuma reflexão mais demorada. Não preciso dizer que a idéia, aparentemente muito cara ao nosso secretário, de “inovar” é típica de um certo frenesi gestionário que imagina sempre o “novo” como algo superior ao que existe e o arsenal tecnológico como recurso para diminuir a incompetência do fator humano, confundindo o novo –apanágio do impensado e do insólito- com a “novidade” característica da sedução consumista e da imaturidade do julgamento, todas acompanhadas de medidas, ‘lançamentos’ e ‘inaugurações’ superficiais e pouco articuladas com um projeto pedagógico mais profundo e estruturador. Qual o impacto da “escola do futuro” no conjunto de uma perspectiva pedagógica universalizante? Qual o sentido de se estabelecer, em detrimento e à revelia da DIRE, uma relação direta com os gestores sem aquela intermediação pedagógica necessária e qualificada? Qual o sentido do esvaziamento da GAC –e a intenção de integrá-la com o Escola Aberta- praticamente anulando as boas iniciativas que marcaram aquela gerência? Qual a razão do esvaziamento do tema do ano letivo (Recife, cidade educadora), de tanto interesse para uma perspectiva republicana de educação?
De meu lado, a tentativa de reestruturar a proposta pedagógica, a formação continuada e reorientá-la na direção do regime de Ciclos esbarrou no dilema entre “tempo político” (apresentação de “resultados” a qualquer custo e altamente midiatizados) e “tempo pedagógico”, com perda evidente para o segundo. Quanto à possibilidade de diálogo e assessoramento, junto ao secretário, desde o início ficara claro que teria imensas dificuldades de me fazer ouvir ou, ao menos, de ser consultado em decisões que reputo cruciais. Monólogo, histerismo, monocratrismo, desconfiança generalizada nas pessoas, desqualificação sistemática dos técnicos, decisões intuitivas e despreparadas, me mostraram que os tempos eram outros. E não acho que sejam “melhores”! E, pior, não me parecem honrar uma história recente desta rede, que tivera nomes como os de Edla Soares e Maria Luiza Aléssio.
Ninguém é contra uma gestão adequada de recursos e meios; claro que é necessário uma reestruturação administrativa importante nesta rede, voltada para o máximo de aproveitamento dos recursos públicos; é importante o estabelecimento de metas e o racionalização dos critérios. Mas não se pode confundir os meios com os fins e, sobretudo, não aceito a substituição de um pelo outro!
Sem dominar a linguagem da área, o debate educativo, a história da educação municipal; avesso a qualquer forma de discussão teórica; um profundo desconhecimento das questões pedagógicas propriamente ditas, nossa rede parece à mercê de uma orientação essencialmente administrativista, onde o próprio debate que procurei instaurar do CAP foi visto de forma desprezível ou, no mínimo, inócua pelo secretário. É surpreendente, pois, que, ali onde o debate pedagógico deveria conhecer um ritmo e uma freqüência institucional, isto tenha sido, até o insuportável, desencorajado e, sobretudo, sem jamais –digo bem, jamais! -contar com a presença do próprio secretário em tais discussões.
E é aqui em que a personalidade do agente se compatibiliza com a natureza do projeto: concordemos que não se convida um democrata convicto para participar de um governo autoritário! Instaurou-se, entre nós, uma política do medo que comunica “decisões de gestão”, da ameaça e do deboche, ratificando uma relação que, na prática, todos nós conhecemos bem: a relação entre mediocridade e arrogância, especialmente entre aqueles que ocupam postos de mando. Lembremos, de resto, que a tecnocracia é uma das formas “científicas” de eliminação do mundo público! O curioso é que isto se dá no interior de uma ordem formalmente democrática e, sobretudo, com o uso abusivo de seus jargões (pactuar, transparência, participação, etc), o que já em si, indica algo de muito grave...
Vendo meu espaço de atuação se reduzir, atuação inclusive contrariada pela natureza dos convênios firmados; vendo a sistemática atitude de desqualificação de nossos melhores quadros pedagógicos e, sobretudo, assistindo a uma crescente deterioração do ambiente de trabalho, decido deixar esta Secretaria esperando que não dure muito a passagem destes tempos de susto e desencanto, e que este momento de reflexão e crítica nos ajudem a recuperar e honrar uma história educacional de uma cidade que já ofereceu a este país nomes e idéias que não podem ser deixadas ao sabor do desvario tecnocrático.


Recife, 23 de Dezembro de 2009
Flávio Henrique Albert Brayner
postado por Aline Marques

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Eleições para diretor de escola são adiadas no Recife

Simpere entra com Mandado de Segurança para garantir eleições diretas


Escrito por CUT/PE
01/12/2009

Por conta do adiamento nas eleições diretas para diretor e vice nas 255 escolas municipais de Recife, o Sindicato dos Professores da Rede Municipal (Simpere) entrou com Mandado de Segurança, solicitando que as eleições realizadas nesta segunda-feira (30), sejam validadas. De acordo com a coordenadora do Simpere, Andréia Batista, acabar com as eleições e um retrocesso para a classe. "O que está acontecendo é um equívoco sem precedentes para a implementação real da democracia no nosso município", ressaltou.É bom lembrar que na sessão do dia 25/11, na Câmara Municipal do Recife, foi marcada por um posicionamento incomum de sua direção na história recente do Legislativo. O presidente Múcio Magalhães (PT) votou contra a aprovação de um projeto enviado pelo Executivo. Em meio a um tenso clima de protesto, advindo das galerias, contra a proposta de adiar o pleito democrático para junho do ano que vem - a eleição para o cargo de diretor das escolas da rede municipal, o petista, que teria ligação com essa categoria, foi veemente na sua negativa à matéria. "Meu voto é não", bradou o parlamentar, único dos 24 legisladores presentes a rejeitá-la.O Simpere afirmou que a decisão de adiar a escolha de novos diretores foi do secretário municipal de Educação, Cláudio Duarte. Ele explicou que o projeto visa "criar as condições que permitam reestruturar a legislação do processo eleitoral", além de "introduzir novos critérios na lei, tais como capacitação de gestores, estabelecimento de metas e avaliação de mandatos".Por sua vez, o Simpere ratifica seu posicionamento e contesta este argumento do secretário. As eleições bianuais existem desde 2005, e foi criada durante a gestão do ex-prefeito do Recife, João Paulo.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Prefeito João da Costa descumpre acordo com servidores

Campanha Salarial 2009 – PCR DESCUMPRE ACORDO

Os sindicatos do Recife (SINDSEPRE, SIMPERE, SINDACS, AFREM, Jornalistas, Engenheiros, veterinários, enfermeiros, entre outros) que compõem o Fórum dos Servidores Municipais, coordenado pela CUT, após reunião da mesa municipal de negociações realizada no último dia 16 de novembro, onde a PCR descumpriu o acordo não dando prosseguimento as negociações de outubro, conforme acordado em julho, decidiram realizar a assembleia unificada dos servidores do Recife, no Pátio da PCR, no último dia 01 de dezembro, para analisar e tomar decisões.
Durante a mobilização, a categoria foi unânime em deliberar pela composição de documento que exprime a falta de comprometimento da gestão municipal para com os servidores, bem como descumprimento do acordo.
Vale ressaltar que a arrecadação da Prefeitura voltou a crescer após a crise, conforme verificação do DIEESE, pois este era o ponto chave para que a continuação da Campanha Salarial tivesse sucesso. Assim, Itens da nossa pauta de reivindicação como o reajuste de R$1 no tíquete e o complemento do índice da inflação, de 4% para 5,7%, e ainda 3% de ganho real, são completamente viáveis ao cofre municipal, observado pelo DIEESE e pelos Auditores fiscais, desta forma, exigimos o cumprimento de acordo e respeito!
Clinio Oliveira,
Secretário Geral do Sindsepre